sábado, 23 de outubro de 2010

BCN - dia de passeio

Seixa-feira, alias, já sábado porque não publiquei isto de noite e estou a publica-lo de manha, contudo, foi escrito de noite :P f fim-de-semana!
Dia tranquilo no atelier, só se trabalhou até as 15h como é normal à sexta. Custa aquela meia hora a mais todos os dias mas depois vale a pena!
Parei a meio caminho para fazer a minha extravagância do dia, comprei um telemóvel com número espanhol, obviamente o mais barato que lá havia, no entanto, depois de sair acabei pensando se teria feito bem ou se deveria ter comprado so o cartão, acho que devia ter comprado so o cartão, tinham um tarifário para números novos que é especialemnete para chamadas para o estrangeiro e não se pode mudar um outro número de tarifário COISA MAIS PARVA! O meu telemóvel dual sim recebe cartões espanhóis porque é livre que eu já tinha experimentado, o que me aborrece mais ainda é andar com dois telemóveis no bolso, estou mesmo o que vai acontecer ao novo, vai parar à gaveta e ando com um cartão português só e o espanhol. A questão é: qual dos dois desligo? Bem, quando ando com a mala às costas menos mal mas quando não ando é uma caca!
Almocei qualquer coisa em casa à pressa porque SUPOSTAMENTE tinha combinado com a toina da minha colega ir ao Parc Joan Miró, fiquei de lhe ligar quando tivesse despachado e assim fiz. Tinha o telemóvel desligado, ou isso ou deu-me o numero mal, o que não é de duvidar, Italianos não se pode confiar. Fui sozinho!
Caminho da praça de Espanha, gosto daquilo, sabem porque? Inicio do Montjuic :P calma, já lá vamos!
Fui ao dito cujo, parque entenda-se, e por lá caminhei, não é nada de especial Seria algo muito interessante numa outra cidade mas face ao que se regista aqui, um parque muito mediano, cotado por baixo quanto a mim.
Ah e tal, onde vou? Já que estou aqui perto, vou à CaixaForum. E assim fiz! Muito bom.

Voltei então à praça de Espanha que é de caminho, e ali, para quem não sabe, é a praça de touros de Barcelona que obviamente, e infelizmente, estava abandonada. No entanto, está a decorrer uma iniciativa, não sei em que parâmetros, em que empresas estão de certeza a contribuir para a requalificação de edificios que se apresentam, nem digo degradado porque nem é o caso, mas a precisar de uma recuperação. De facto não sei que parâmetros decorre a iniciativa mas é a terceira que conheço. A obra recebe na sua fachada uma enorme faixa publicitária da respectiva empresa onde se pode ler qualquer coisa como, não me recordo bem e nas fotos que tenho não se consegue perceber mas “Estamos a contribuir para a recuperação de pequenas paisagens da cidade - Barcelona, põem-te bela” anteriormente, vi na Praça Real uma pub da San Miguel (cerveja) no Passeig de Gracia da Timberland e agora na praça de touros da praça de Espanha da Infiniti (carros). Cá para mim, parece-me muito bem que as autarquias ou seja lá quem tem mão nisto, aproveite estas contrapartidas de empresas interessadas em melhorar a imagem das Cidades. Mais iniciativas destas houvessem, como no nosso bendito Algarve, e as obras não necessitariam de ser tão profundas e muita coisa se poderia salvaguardar.
Ainda de caminho, encontrei mais uma publicidade, agora do nosso Turismo de Portugal. Estão espalhados pela cidade outdoors pequenos a publicitar esse rectângulo de lá da península, com o slogan “Portugal, a beleza da simplicidade” Eu cá gostei. Já vi a paisagem do Alto Douro vinhateiro e Palacio da Pena.
Voltando à Caixaforum.
CaixaForum é uma galeria, uma antiga fabrica transformada em centro de artes, qual CCB, que pertence à fundação “la caixa” do Banco Caixa Catalunya.
Entonces, de maneiras que por lá estava umas coisas bem interessantes.
Primeiro, “Humà, massa, Humà” Humano, demasiado humano, a arte espanhola dos anos 50 e 60 que se trata duma pequena revisão da matéria dada, uma viagem, uma memoria pictórica de Espanha neste periodo e ao que os levou a esse ponto. Uma pequena exposição mas de qualidade onde nos espetam alguns meninos como Dali e Picasso.
Depois visitei a exposição de Miquel Barceló que faz um percurso sobre a solidão. Muito bom! Destaco uma tela que me encantou, se tiverem curiosidade, chamada “Dogón 2”.
Por fim, visitei a instalação permanente do artista Joseph Beuys, “Espaço de dor”
Trata-se, de modo muito reduzido, de uma sala coberta por placas de chumbo(!), uma lâmpada pendida no centro e duas argolas de prata ao seu lado. Segundo o autor, “a instalação representa o princípio da redução, hermetismo e isolamento do exterior. O Chumbo é um elemento isolante, impenetrável às radiações de energia e absorve a luz. A prata é o material mais condutor, que mais reflecte a luz, delicada. As argolas têm a dimensão do crânio de uma criança e de um adulto.
É um espaço interior que pede o recolhimento, a concentração, a tomada de conhecimento de nós mesmos, ao reencontro. Este conhecimento leva à solidão e angustia, experimentação da dor. Só a partir de esse duro exercício introspectivo, desse estar só consigo mesmo, de enfrentar-se a si mesmo, de aceitar-se, de esta renovação, é possível abrir-se ao exterior, aos demais e formar parte de um corpo social”. Posso garantir que a sensação de estar ali, recolhido por bons momentos é uma sensação muito interessante.
Bem, como disse de inicio, Montjuic é logo ali, e Mies fica no outro lado da CaixaForum :P lá tive de ir, tá claro. Uma visita rápida, so para a ver de noite.
Agora a parte triste, ou pelo menos por agora triste, a Fonte Magica está em obras, não sei quando a vou ver a trabalhar de noite com luzes…
E hoje me despeço assim, para reflectirmos…

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